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domingo, 28 de fevereiro de 2010

VILÃO ELE NÃO É!

Mas nada me fez, faz ou fará enxergar Anakin/Vader como um vilão. Eu o vejo como uma pessoa normal, com as virtudes e os defeitos de uma pessoa normal. Alguém de boa índole, de bom coração, que por amar demais e muitas vezes deixar-se dominar pelo medo e pela insegurança acabou seguindo por um caminho torto. Os defeitos dele, as ambições e a rebeldia na adolescência não eram nada fora do normal. Sua ganância e arrogância nasceram justamente de sua insegurança, do medo de perder as pessoas que amava e de estar sendo enganado pelas pessoas em quem confiou a vida inteira (os Jedi); medo que foi plantado em seu íntimo ao longo dos anos e de uma maneira extremamente cuidadosa e esperta por Darth Sidious/Imperador Palpatine.

Embora Palpatine tenha feito e dito tudo o que era possível para envenená-lo contra os Jedi, embora tenha procurado inflar seu ego dizendo o tempo todo que ele era o melhor Jedi de todos e tenha dito também que o poder do lado negro era maior, a verdade é que o máximo que ele conseguiu com tudo isso foi fazer o jovem Cavaleiro Jedi ficar confuso e desconfiado. Mas quando o assunto era Padmé, a coisa mudava. Anakin ficava visivelmente perturbado. E o medo de perder a esposa grávida era tão grande que ele acreditou facilmente na mentira que o então chanceler lhe contara: que um lord Sith chamado Darth Plaigues inventara uma maneira de vencer a morte!

Anakin amava verdadeiramente Padmé e era para ela um marido amoroso, apaixonado e fiel. Ele não queria perdê-la como perdeu sua mãe. Não queria que ela sofresse como sua mãe sofrera. Não queria se sentir impotente diante das tragédias que ele previa em seus sonhos e visões envolvendo as pessoas que mais amava.

Se ele tivesse sonhado com Padmé morrendo mas não existisse Palpatine com sua influência maléfica e suas mentiras, Anakin não teria ido para o lado sombrio. Ele sofreria com a morte dela, mas iria apegar-se aos filhos, iria querer criá-los, dedicar-se a eles porque como ele mesmo disse: “nosso bebê é uma bênção” (ele não sabia que eram gêmeos). Penso que ele se agarraria a essas crianças e se ele seria ou não expulso da Ordem Jedi já é outra história.

Por outro lado se existisse Palpatine falando todas as besteiras que falou na cabeça de Anakin, mas não tivesse havido o pesadelo, ele também não teria ido para o lado sombrio. Isso porque o que o fez tomar a decisão naquele momento crucial foi o medo da morte de sua amada; foi ao pensar nela e na promessa feita pelo vilão de salvá-la que ele resolveu desobedecer à ordem que lhe fora dada e sair do templo Jedi para evitar a morte deste malvado sith.

Por mais que quisesse maiores poderes e por mais que estivesse desconfiando dos Jedi, Anakin foi leal a eles até o último momento e iria fazer uma investigação depois, com a cabeça fria para descobrir a verdade (foi isso que ele disse a Palpatine/Sidious). Obviamente ele descobriria o que todos sabemos: que os Jedi são mesmo do bem e que Palpatine o estava enganando.

Anakin era de natureza altruísta. Sempre foi assim. Ele se aproxima de um Jedi por uma atitude altruísta e acaba morrendo pelo mesmo motivo. O que o fascina nos Jedi é justamente o altruísmo e ele expressa isso nessas frases: “Compaixão, que eu definiria como amor incondicional é primordial na vida de um Jedi”, dita à Padmé e “Os Jedi são altruístas, só pensam nos outros”, dita a Palpatine para mostrar porque os Jedi são tão diferentes dos Sith.

Colocar uma outra pessoa, (seja ela seu parente, amigo ou um simples desconhecido) acima de si mesmo não é uma atitude de vilão. E vemos que Anakin era uma espécie de anjo da guarda de Obi-Wan Kenobi. Por umas 10 vezes ele salvou a vida de seu mestre e amigo, quase sempre arriscando a sua própria vida.

Vemos também que ele estava lutando o tempo todo consigo mesmo, contra suas más tendências, percebendo que estava sendo arrogante e não deveria... Ele estava amadurecendo! Sem a “amizade” de Palpatine e a premonição com Padmé ele, que já era um grande Cavaleiro Jedi, logo teria se tornado o maior de todos e aprendido a se controlar. Ele já estava aprendendo, aos poucos. Realmente é uma pena que ele tenha sucumbido.

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