Darth Vader, para quem assistiu primeiro aos filmes antigos, ficou marcado como um terrível vilão, considerado o maior de todos os tempos por muitos. Aquela aparência assustadora, todo de preto, com aquela capa, aquela máscara horrorosa, a voz tão firme quanto seus passos e principalmente aquela respiração mecânica... Tudo isso era de dar medo mesmo! Mas observando com olhos mais atentos, vemos que, se ele for um vilão, com certeza é muito diferente dos vilões convencionais.
Vader é um “vilão” até elegante. Alto, dono de uma postura imponente, muitas vezes parece ser bastante racional e ponderado, quando não é dominado pelo ódio. Consegue manter civilizadamente uma conversação, o que mostra que ele não é um monstro. Altivo, autoritário, mas às vezes dá aos seus subordinados mais de uma chance de acertarem suas tarefas antes de matá-los.
Bem contido, não é de viver gritando. É sério, mas sabe ser bem irônico quando quer. Talvez atrás da máscara ou dentro de sua câmara, ele sorria ou chore. Mas não gargalha macabramente como a maioria dos vilões. Vilão que é vilão ri muito, debocha sadicamente e se diverte fazendo o mal, pois tem prazer em ver sua vítima sofrer. Vader é diferente. É tristonho, muitas vezes pensativo.
É interessante vê-lo dentro de sua câmara sentado, com as pernas cruzadas parecendo um Buda vestido de negro. Ninguém fazia idéia de que a armadura e a máscara escondiam um homem frágil e debilitado.
Ele também não é falso. Não se finge de bonzinho como muitos vilões costumam fazer para enganar suas vítimas. O próprio Palpatine se utilizou dessa estratégia.
A verdade é que Vader soube usar e abusar do que lhe restou na vida: o poder, a riqueza e o mal. Mas isso não lhe satisfazia por completo. Sua vida era bastante vazia. Enfim, ele não era feliz, mas achava que era muito tarde para voltar atrás.
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