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domingo, 28 de fevereiro de 2010

UM HOMEM DOENTE E NÃO UM HOMEM-MÁQUINA!

Outra coisa importante a comentar é que não vejo em Darth Vader um homem-máquina, um ciborgue, como o Robocop por exemplo. O vejo como um deficiente físico, uma pessoa doente. Só o fato de ele usar uma máscara respiratória e ter próteses nos membros superiores e inferiores não o faz ser menos gente do que qualquer outra pessoa. Mesmo porque, com o avanço da medicina e da tecnologia, de certa forma essas alternativas de “cura” para essas deficiências estão cada vez mais reais. Muitas pessoas usam próteses, e outras precisam de aparelhos para respirar. Nem por isso são considerados “metade máquina”.

Mas... dizer que Vader é metade máquina, é falar apenas de seu corpo físico e não do ser como um todo. Parte de seu corpo é de próteses mecânicas. Mas isso é apenas a metade de cada braço e de cada perna.

Seus pulmões foram seriamente lesados, mas ainda assim funcionam desde que haja mais ar no ambiente do que o normal. Na verdade Vader ficou como uma pessoa asmática. A máscara e a câmara de ar pressurizado onde ele vive quando está sozinho funcionam como se fossem uma espécie de “bombinha de ação constante”. A máscara é controlada pelo painel existente na armadura que ele é obrigado a carregar quando está fora de sua câmara. São recursos médico-tecnológicos que o ajudam a viver.

Os demais órgãos de Vader funcionam normalmente e isso demonstra que apenas um órgão está com problemas (na verdade dois, pois parece que seus dois pulmões foram lesados). Externamente seu corpo ficou marcado pelas cicatrizes das profundas queimaduras. Mas é isso: viraram apenas cicatrizes.
Botando “na ponta do lápis” vemos que o corpo de Vader ainda é bem mais humano do que máquina, ao contrário do que aconteceu com o General Grievous. Ele sim, pode ser considerado um ciborgue, pelo menos fisicamente falando. Ainda mais que no caso dele, apenas cerca de 10% de seu corpo era humano. Aliás, todo seu corpo era robótico, apenas alguns órgãos eram humanos. Ele tem andar e gestos de robô e não se sabe nada sobre seu cérebro.

Darth Vader, ao contrário, anda e gesticula como qualquer pessoa normal, mesmo porque suas próteses eram muito perfeitas e permitiram uma adaptação rápida (como podemos ver no filme III). Não estou certa nem se seus joelhos são mecânicos; se forem, são próteses muito bem feitas porque ele os flexiona perfeitamente.

Vou citar um personagem de outro filme que no meu ver se encaixa, assim como o General Grievous, no rótulo “homem-máquina”: o Robocop. No caso dele sabemos que até seu ser interno ficou confuso, porque encheram seu cérebro de chips e programações. Sendo assim, sua capacidade de pensar sozinho ficou prejudicada. Ele vivia em uma perturbação constante: de um lado fazer o que ele queria e de outro lado, fazer o que sua programação mandava. Ele tinha partes robóticas em quase todo o corpo, se não me engano da cintura para baixo, embora ainda tivesse funções orgânicas. Mesmo assim muitas de suas funções orgânicas não funcionavam sozinhas. Pelo menos 50% deste homem, contando o ser de uma forma completa, era máquina. Caso completamente oposto ao de Vader, que era um homem inteiramente pensante e consciente, com todos os sentimentos e conflitos de um ser humano.

Com certeza, alguém que nunca tivesse visto Darth Vader antes, ao olhar para aquela figura assustadora não conseguiria saber de imediato quem ou o que era “aquilo”. Mas embora a princípio (principalmente no filme IV) como o próprio George Lucas comentou, ele pareça estar perdendo sua humanidade devido às partes mecânicas que possui – além de aparentar já ter perdido seus sentimentos devido ao lado negro, o que nos vai sendo revelado é exatamente o contrário em ambos os aspectos: descobrimos que por trás daquela veste e máscara há uma pessoa de carne e osso, e por trás de sua aparente frieza cruel existe ainda um facho de luz que representa o bem ainda presente em um homem que um dia negou-se a ignorar seus sentimentos deixando-se dominar por eles.

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